terça-feira, 30 de agosto de 2011

Entrevista: Dulce María, Revista Glamour.


Todos já desfrutaram das maravilhosas Fotos da sessão de Dulce María e os Scans da edição de Setembro da Revista Glamour – MX, no qual a diva foi capa. Agora trazemos com exclusividade, a entrevista na íntegra traduzida para vocês. Leia já:
Qual te parece ter sido o momento decisivo de sua carreira?Acredito que cada passo teve uma consequência. Jeans, A mil por hora, Clase 406 e Rebelde. Já se passou 10 anos desde que entrei em Jeans e não deixei de trabalhar desde então.
Quando te propuseram Rebelde, em algum momento imaginou ao grande sucesso que chegaria a ser?
Não, porque eu vinha de Clase 406, que era uma novela importante com esse mesmo conceito, da qual também desengatava uma banda na qual gravamos um CD, então apenas pensei que iria ser algo parecido.
E quando começou RBD, o que aconteceu?Era um passo a mais. Roberta sempre foi um personagem muito importante para mim, um desafio, no qual dava o melhor de mim todos os dias. Depois gravamos o CD e nunca vimos acontecer, de repente, superou todas as expectativas. Não sei qual foi a fórmula.
Em que momento se deu conta da dimensão do fenômeno?
Durante os meses de gravações, as pessoas me diziam: “Não tem idéia de como a música está tocando por todos os lados” , mas eu nem sequer me interava, vivíamos trancados no fórum, nem tínhamos tempo para sair. E foi em uma apresentação em Zócalo, que estava impressionantemente lotado de gente, foi muito forte, tiveram que nos tirar com seguranças. E depois fomos à Colômbia e reunimos 50 mil pessoas num estádio. E aconteceu o mesmo na Venezuela. Quando se repetiu no Brasil, entendemos que estávamos ultrapassando inclusive a barreira do idioma. E depois Europa… Espanha, Romênia, Eslovênia; lugares nos quais nunca imaginamos poder chegar.  Não conseguíamos acreditar!
E agora, como se sente?Tudo isso me abriu as portas para o que quero fazer com minha carreira. Simplesmente ser eu mesma, sem uma novela, uma série; nem um personagem ou um conceito que me limite; Só ser o que penso, meus escritos, minhas canções, minhas conquistas… E meus fãs, claro! [Quando lhe perguntei o que pensava sobre seus fãs, ela simplesmente respondeu: "São meu exército!"].
Teus fãs são impressionantes. Não sabe a quantidade de email’s, tweets, mensagens em FB que recebemos todos os dias em Glamour, de todos seus milhares de fã-clubes, nos pedindo que façamos fotos e entrevista contigo. É uma loucura!
É incrível, porque tudo o que aconteceu com RBD, foi um fenômeno graças à eles, porque nos apoiavam pela Internet, pediam músicas nas rádios, por isso me dei conta de que se realmente acredita em algo, simplesmente acontece. Mas eu aprendi isso com eles e eles falam que aprenderam comigo!
Conta-me, qual foi o melhor e o pior dessa experiência?
O melhor foram os shows, cruzar fronteiras, conhecer tanta gente, 
lugares culturadiferentes. Aprender a trabalhar com 6 pessoas, completamente diferentes, remando o mesmo barco. E bom, o pior? Não tínhamos tempo nem de respirar, que estávamos muito jovens e estar longe de minha família. Mas a parte ruim nem se compara com todas as coisas boas.
Seguem sendo amigos? Desses que se conta nos dedos das mãos.
De Rebelde? Sim, claro. Imagina, tudo o que vivemos, fomos como irmãos. [Resposta suficientemente diplomática para me fazer dar conta de que não é nem a primeira vez que lhe perguntam isso, nem a última que responderá da mesma maneira.] Mas com os que há mais afinidade, são Zoraida que é uma ótima amiga, e Poncho, ele é desses que sempre vou poder contar.
Nesta nova etapa solo, sente falta de estar em um grupo?
Tenho aprendido a valorizar o presente. Quando estive em um grupo, vivi 
ao máximo cada segundo. Agora estou fazendo a mesma coisa, mas sozinha; Embora tenha muito mais responsabilidade, claro faz falta às vezes, mas posso ser eu mesma.
Se fosse uma crítica da Música, o que escreveria sobre Dulce María?
Que difícil! O que posso te dizer é que estou começando, foi o primeiro CD em que me envolvi nos ritmos, nas músicas. Mas isso, que estou aprendendo. Musicalmente quero fazer muitas coisas, mas o bom é que faço música real, de coração, com as que as pessoas possam se identificar.
O quanto auto-biográficas são as letras de suas músicas?
Muito.
Pensa em se conectar com seus fãs quando escreve músicas?
Sim, sou honesta com o que escrevo, com meus sentimentos, acredito que as pessoas vão se sentir identificadas, porque são coisas que acontecem com todos nós.
Qual de seus talentos desfruta mais?
O que mais me completa é estar em cima de um palco e cantar minhas letras.
Te preocupa que as pessoas tenham te rotulado num personagem?
O que é um peso não é o personagem, e sim que as pessoas julguem. Dizem “ah, essa é a de Rebelde”, assim como pode ser um bônus pode ser um contra. É como se não se dessem a oportunidade de te escutar, nem o que propõe, porque acreditam que já sabem o que vão ver. Mas graças a isso mesmo, tenho o poder de começar do zero, de ter uma gravadora e muita gente que me apoia 100%, é como quando te te tiram as rodinhas da bicicleta e você aprende a andar sem elas.
Teu visual se tornou um ícone. Como se sente por imitarem sua imagem?É um elogio ver alguém com o mesmo cabelo ou maquiagem que eu. É engraçado, porque eu fazia o mesmo aos 10 anos, com as mulheres que saiam nas revistas de moda.
Como se sente agora, mudando essa imagem que tanto te definiu?
[Durante toda a entrevista não parou de tocar em seu cabelo, ajeitando, desfazendo o penteado que lhe fizeram para a última sessão.] Eeemmm…
Sem rodinhas na bicicleta?
(Risos) Exato! Glamour sim está sendo algo importante para mim, porque acontece justo nesse momento de mudança em minha vida, de meus interesses e de como vejo as coisas. Sua equipe me deram muitas dicas e conselhos e eu disse: “OK, eles são quem sabem mais, vou me permitir, vou me arriscar”, mesmo que seja difícil, porque está acostumada a se sentir e ver de uma maneira. [E de repende, entendi porque era que notava uma timidez encômoda em seus olhos durante as fotos.] Também acredito que os fãs merecem ver que evoluímos, se tanto te apoiam e acreditam em você, também esperam mais de ti. É um compromisso de dar passos adiante sempre.
Fale-me de sua Fundação, Dulce Amanecer, o que fazem?
Tem pouco mais de um ano. Junto com alguns fã-clubes temos feito o trabalho de doar algumas roupas ou qualquer coisa minha e o dinheiro que se arrecada em um leilão é para apoiar as mulheres indígenas do México.
Uma das canções do CD se chama assim, a que diz “YA NO”?
O videoclipe trata de dizer Ya No ao maltrato contra as mulheres, seja físico, psicológico ou social.
O que é “Irremediable”?
Há muitas coisas que são. Neste caso, fala de um menino que irremediavelmente é o ideal para você.
Falando nisso, como está no amor?
Sozinha.
Não diga isso, estamos solteiras, que é muito diferente, sozinha não está…
(Risos) Ok,ok, solteira. Veja, vou te dizer o que aprendi. A vida te dá coisas quando tem que dá-las. Nesse momento, minha carreira e lançar o CD é o que a vida me deu e preciso focar nisso, aproveitar e valorizar muitíssimo. Acredito que mais adiante poderei estar com alguém. Já aceitei que agora, mesmo que quisesse, em que momento? Não posso pedir a um homem que tenha uma namorada fantasma. Haverá tempo para o amor. Penso todo o tempo no amor, enquanto escrevo.
O que precisaria ter o Príncipe Azul para você?
Não espero um príncipe azul. Espero encontrar alguém que me aceite como sou, que seja inteligente e que tenhamos admiração mútua.
Tem sofrido algum encontro desastroso?
Tenho tido encontros super desastrosos, até quando tenho namorado! [ "Quando tem namorado é ainda pior", acrescentou sua Mãe, quem estava nos acompanhando na entrevista.]
Há alguma coisa constante em sua vida?
O amor e o desamor. Mas o que sempre está presente é a música.
Como te imagina daqui 10 anos?
Aí sim já espero ter um parceiro. Óbvio que seguir na música, compor mais, tocar um instrumento e talvez ter uma filha!
Menina? Certeza? Mas às vezes somos muito complicadas, não?
Minhas irmãs, são 2 mulheres e eu. Quando eu era mais nova, elas eram meu modelo a seguir, tudo o que faziam eu queria fazer. E graças a elas que estavam envolvidas em canto, dança e audições, é que eu quis me dedicar a isso.
Qual acredita que seja sua maior conquista?
Ter chego até aqui por trabalho e esforço. Passo a passo, com meus próprios pés.
Quais os projetos mais recentes?
Está programada uma turnê pela República Dominicana e Venezuela, e em outubro vou dar o primeiro show no D.F. (México), em Six Flags. Acabei de fazer um dueto com um cantor europeu, mas por enquanto não posso dizer quem é. Gravei um filme que estreou no Festival Internacional de Los Angeles. Promover meu vídeo “Ingenua”. Enfim, seguir trabalhando muito.
Conta-me sobre seu livro.
Dulce Amargo era como um diário, de tudo o que pensava dos 11 aos 21 anos. Por todas as pessoas que procuravam saber de mim, decidi publicá-lo faz 4 anos. As pessoas acreditam que por verem você em um palco, sua vida é perfeita e não sabem a solidão que há por trás. Foi como dizer-lhes: isso é um pouco do que sou eu. Claro que sabia que havia muita gente que não iria gostar, que iria ser cético, mas eu fiz para esse público que se identifica e acredita em mim.
Me impressiona que embora saiba que nem todos a vai receber bem, segue fazendo as coisas por seus fãs, sem medo.
Eu faço e seguirei fazendo as coisas para aqueles que sim me vão escutar.
Tradução: DBR

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